MOSCOVO (LifeSiteNews) – A Rússia alertou para uma potencial terceira guerra mundial no meio de um crescente apoio ocidental à Ucrânia.
“Os riscos são realmente consideráveis … o perigo é sério, real, e não devemos subestimá-lo,” disse o Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, na segunda-feira na televisão russa.
O comentário de Lavrov veio em resposta a uma pergunta sobre uma potencial terceira guerra mundial e se a situação actual entre a Rússia e a Ucrânia era comparável à crise dos mísseis cubanos de 1962.
A entrevista foi transmitida apenas algumas horas após um encontro entre o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, o Secretário da Defesa Lloyd Austin, e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, em Kiev.
Durante a reunião, Austin prometeu mais assistência militar à Ucrânia e disse que queria “ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poder fazer o tipo de coisas que fez na invasão da Ucrânia.”
No dia seguinte, Austin deu as boas-vindas aos oficiais de mais de 40 países à base aérea de Ramstein na Alemanha, dizendo que “nações de todo o mundo estão unidas na nossa determinação de apoiar a Ucrânia na sua luta contra a agressão imperial da Rússia.”
“A Ucrânia acredita claramente que pode vencer, e todos aqui também acreditamos,” acrescentou.
A Rússia acusou a NATO de arriscar uma guerra nuclear ao envolver-se numa “guerra por procuração” com Moscovo e ao fornecer armas à Ucrânia.
“Estas armas serão um alvo legítimo para os militares russos actuando no contexto da operação especial,” disse Lavrov.
Após ter alertado para o risco de uma guerra nuclear, Lavrov insistiu que a Rússia está a fazer tudo o que está ao seu alcance para a evitar.
“Esta é a nossa posição-chave na qual baseamos tudo,” disse, acrescentando que “não quereria elevar artificialmente esses riscos, [embora] muitos gostassem que isso acontecesse.”
Esta é a segunda vez que o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo avisa de uma terceira guerra mundial.
Em Março, o seu comentário de que uma tal guerra seria “nuclear e destrutiva” já tinha feito manchetes.
Moscovo chama à guerra na Ucrânia uma “operação militar especial” e diz que o seu objectivo é defender a minoria russa na Ucrânia e livrar o país de políticos neonazis. Kiev e o Ocidente vêem isto como um pretexto para uma agressão e invasão injustificada de um país soberano.