Opinion
Featured Image
Padre James Martin, SJ e a Irmã Jeannine Gramick LifeSiteNewsLifeSiteNews

(LifeSiteNews– O Papa Francisco voltou a escrever uma carta a uma freira Católica que desafia abertamente o ensino da Igreja sobre a sexualidade, elogiando-a pelos seus “50 anos de ministério,” os quais foram principalmente dedicados à promoção da normalização da homossexualidade no seio da Igreja. 

A publicação jesuíta America Magazine escreveu: 

Em outro sinal de apoio aos católicos L.G.B.T. e àqueles que os defendem em seu nome, o Papa Francisco enviou uma carta manuscrita em 10 de Dezembro a Jeannine Gramick, S.L., a cofundadora do apostolado católico New Ways Ministry. 

A Irmã Gramick está a celebrar 50 anos de trabalho com pessoas L.G.B.T. e na defesa das mesmas. Destacando o seu aniversário como sendo o motivo da sua carta, o Papa felicitou-a em espanhol pelos “50 anos de proximidade, de compaixão e de ternura” num ministério que descreveu como sendo ao “estilo” de Deus.

“Obrigado, Irmã Jeannine”, escreveu o Papa na conclusão da sua carta, “por toda a sua proximidade, compaixão e ternura”. 

Gramick foi oficialmente silenciada pelo Vaticano em 1999, uma ordem que ela ignorou; em 2010, a USCCB (Conferência Episcopal dos Estados Unidos) declarou que o New Ways Ministrynão tem aprovação ou reconhecimento da Igreja Católicapara falar sobre a questão LGBT.  

A respeito ao livro de Gramick, Homosexuality in the Priesthood and the Religious Life (A Homossexualidade no Sacerdócio e na Vida Religiosa), e todo o impulso para a afirmação gay na Igreja Católica, já em 1990, escreveu o falecido Richard John Neuhaus: 

A campanha na Igreja pelos chamados direitos homossexuais, é pela sua própria definição, um ataque frontal ao ensino e prática da Igreja e aos padrões culturais que, é pensado, a igreja tenha abençoado no passado. A homossexualidade no Sacerdócio e na Vida Religiosa (obra editada por Jeannine Gramick, Crossroad) é um guia útil para o desenvolvimento de atitudes, argumentos e estratégias da campanha. Contém oito ensaios de proponentes de uma abordagem radicalmente alterada à homossexualidade, e catorze capítulos de testemunhos de lésbicas e homossexuais masculinos pertencentes ao sacerdócio e às ordens religiosas. 

Nomeadamente, o Padre James Martin, SJ baseou o seu livro Building a Bridge: How the Catholic Church and the LGBT Community Can Enter into a Relationship of Respect, Compassion, and Sensitivity, (Construindo uma Ponte: Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem entrar num Relacionamento de Respeito, Compaixão e Abertura aos Outros)  na sua alocução numa cerimónia do New Ways Ministry onde recebeu o “Bridge Building Award(Prémio Construtor dos Pontes) de Gramick. 

Campanha de cartas pessoais do Papa Francisco encorajando os religiosos pró-LGBT

O Papa Francisco felicitou repetidas vezes os religiosos, religiosas e outros que se esforçam por subverter o ensino da Igreja relativamente à homossexualidade e ao movimento trans-género.  

Em Agosto de 2020, depois de uma freira controversa ter aberto uma residência na Argentina para “mulheres transgéneros” – ou seja, homens que escolhem “identificar-se” como mulheres – o Papa Francisco elogiou o trabalho dela, referindo-se aos homens como “meninas”. 

A Irmã Mónica Astorga Cremona, conhecida localmente na Argentina como a “Freira dos Trans-”, inaugurou o novo complexo de 12 pequenos apartamentos dedicados exclusivamente a alojar homens que alegam ser mulheres, juntamente com os seus parceiros. 

Ao ouvir a notícia, o Papa respondeu numa comunicação, segundo a freira: “Cara Mónica, Deus, que não foi ao seminário e que não estudou a teologia, irá recompensá-la abundantemente. Rezo por si e pelas suas meninas”.  

Segundo a freira, o Sumo Pontífice referiu-se àqueles homens transsexuais – que. segundo se diz, têm entre 40 e 70 anos de idade – como “meninas”. 

Em Junho de 2021, na véspera de uma conferência LGBT herética organizada por uma universidade Jesuíta, o Papa Francisco enviou uma carta manuscrita a Martin – a voz mais barulhenta para a normalização da homossexualidade e do transgenderismo dentro da Igreja Católica no momento presente, elogiando o controverso ministério pró-LGBT do seu companheiro Jesuíta, a dizer que a conferência “reflecte a proximidade de Deus” e está no “estilo de Deus”.  

O Jesuíta compartilhou no Twitter a carta manuscrita do Papa, datada de 21 de Junho de 2021, após a controversa Outreach 2021 L.G.B.T. webinar conference (Conferência webinar L.G.B.T. para Divulgar em 2021) gerida pelos Jesuítas na Universidade de Fordham. 

A carta do Papa foi escrita em resposta a uma comunicação que o P. Martin tinha enviado anteriormente ao Francisco, para informar-lhe da próxima conferência LGBT organizada pelo renegado New Ways Ministry. 

Entre os palestrantes na conferência online encontravam-se o P. Martin, D. John Stowe, O.F.M., a Ir. Jeannine Gramick, SL, o autoproclamado sacerdote “gay” de Fordham, P. Bryan N. Massingale, e representantes do ministério dissidente pró-gay Fortunate Families. (Famílias afortunadas) 

Dirigindo-se ao ministério LGBT do P. Martin e ao seu envolvimento na conferência do 26 de Junho, o Papa Francisco escreveu: 

Em relação ao seu P.S. [sobre a Conferência do Ministério LGBT para Divulgar], quero agradecer-lhe pelo seu zelo pastoral e pela sua capacidade de estar perto das pessoas, com aquela proximidade que Jesus tinha e que reflecte a proximidade de Deus. O nosso Pai Celestial aproxima-se com amor por cada um dos seus filhos, por cada um e por todos. O seu coração está aberto a todos e a cada um. Ele é Pai. O “estilo” de Deus tem três aspectos: a proximidade, a compaixão e a ternura. É assim que Ele se aproxima a cada um de nós. 

Pensando no seu trabalho pastoral, vejo que você está continuamente a procura de imitar este estilo de Deus. Você é um padre para todos os homens e mulheres, assim como Deus é o Pai para todos os homens e mulheres. Rezo para que você continue assim, estando perto, compassivo e com grande ternura. 

E rezo pelos seus fiéis, os seus “paroquianos”, e quem quer que o Senhor coloca ao seu cuidado, para que você os proteger e fizer crescer no amor de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

O Papa assinou o seu nome apenas como Francisco. 

O The Washington Post disse que a “carta do Papa equivalia a uma afirmação afectuosa do ministério de Martin”. O jornal America que é o porta-voz jesuita, disse: “O Papa Francisco encorajou novamente o ministério de James Martin, S.J. às pessoas L.G.B.T.”. 

Em 2019, o Papa Francisco causou o espanto de muita gente quando se encontrou em privado com Martin. Na altura, o America Magazine interpretou o encontro como uma “declaração pública de apoio e encorajamento altamente significativa” para o Jesuíta americano. O próprio Martin viu-o como “um sinal da solicitude do Santo Padre pelo povo L.G.B.T.”. 

Mais recentemente, o Papa Francisco escreveu ao jornalista Michael O’Loughlin do America Magazine, que se descreve a si próprio como um “católico gay”. 

O’Loughlin escreveu ao Papa sobre o livro que ele tinha escrito, Hidden Mercy: AIDS, Catholics, and the Untold Stories of Compassion in the Face of the Fear, (A Misericórdia Encoberta: a SIDA, os Católicos, e as Histórias não contadas de Compaixão na Face do Receio) baseado nas suas entrevistas com “Católicos que trabalharam e lutaram durante o auge da crise H.I.V. nos Estados Unidos”. 

Em Novembro, o The New York Times publicou uma opinião editorial de O’Loughlin, baseada na carta, sob o título Pope Francis Sent Me a Letter. It Gives Me Hope as a Gay Catholic.  (O Papa Francisco Enviou-me uma Carta que me dá Esperança como Católico Gay). 

A opinião editorial foi marcada para coincidir com a abertura da assembleia USCCB no Outono de 2021 em Baltimore. 

O’Loughlin disse que, na sua carta a Francisco, contou ao Papa que era “um jornalista católico gay” e falou “sobre os muitos católicos L.G.B.T. que entrevistei, que mal se agarram à sua fé”. 

Martin, colega de O’Loughlin, exortou os seus seguidores no Twitter a lerem o editorial de opinião, vangloriando-se: “O Papa Francisco escreveu uma carta ao meu amigo Mike O’Loughlin, que é abertamente homossexual, elogiando o seu livro sobre os Católicos que ministraram aos homossexuais e outros durante a crise do VIH/SIDA nos anos 80. Mais um passo importante na aproximação do Papa ao povo LGBTQ”. 

Enquanto tem mérito como obra histórico a documentar a actividade dos católicos que trabalharam com doentes com HIV a ministar para eles durante o auge da crise da SIDA, o livro de O’Loughlin pretende também influenciar a opinião pública, e a dos bispos impressionáveis, e até mesmo o Vaticano no que diz respeito à normalização da homossexualidade. 

Texto completo da carta do Papa Fancisco à Irmã Jeannine Gramick, fornecida pelo jornal America Magazine: 

10 de Dezembro de 2021 

Irmã Jeannine Gramick, SL 

Cara Irmã: 

Muito obrigado pela sua carta. Fiquei feliz por receber notícias sobre o seu 50º aniversário. 

A sua carta fez-me lembrar “o estilo” de Deus… Deus tem o seu próprio estilo para comunicar connosco. E podíamos resumir esse estilo em três palavras: proximidade, compaixão, ternura. 

E estou a pensar nos seus 50 anos de ministério, que foram 50 anos com este “estilo de Deus”: 50 anos de proximidade, de compaixão e de ternura. 

A Irmã não teve medo da “proximidade” e, ao aproximar-se, fê-lo “sofrendo com” [compaixão] e sem condenar ninguém, mas com a “ternura” de uma irmã e de uma mãe. 

Obrigado, Irmã Jeannine, por toda a sua proximidade, compaixão e ternura. 

Rezo por si. Por favor, não se esqueça de rezar por mim. Saudações a Yayo (Obdulio). 

Que Jesus a abençoe e que a Virgem Santa a proteja. 

Fraternalmente,  

Francisco

0 Comments

    Loading...